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Sábado, 04 de Outubro 2025

Política

Morador de Vila Resende, com clavícula quebrada, é mandado para casa e família se revolta com a falta de cirurgia há 20 dias

Enquanto issso a secretária de Assistência Social, Lidiane Guimarães, mulher do prefeito Bentivi, insiste em dizer que a saúde de Itanhém é de qualidade.

Edelvânio Pinheiro
Por Edelvânio Pinheiro
Morador de Vila Resende, com clavícula quebrada, é mandado para casa e família se revolta com a falta de cirurgia há 20 dias
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O município de Itanhém volta a ser palco de denúncias de descaso na saúde pública, realidade que contrasta com a propaganda feita nas redes sociais pela secretária de Assistência Social, Lidiane Guimarães, mulher do prefeito Bentivi (PSB). Enquanto a secretária insiste em elogiar a saúde e outras área, dizendo que o atendimento é de “excelência”, a população segue vivendo uma verdadeira via crucis em busca de atendimento.

É o caso do diarista José Dias Salomão, 47 anos, morador da Vila Resende, que aguarda há quase três semanas uma cirurgia na clavícula, quebrada após um acidente de moto ocorrido na noite do dia 13 de setembro, quando retornava de Itanhém para sua comunidade.

Segundo familiares, José Dias foi levado inicialmente ao Hospital Municipal de Itanhém e, no dia seguinte, diante das dores intensas, foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Teixeira de Freitas. Lá ficou internado dois dias, mas acabou sendo devolvido ao hospital de Itanhém.

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A irmã dele, Cássia Salomão Santos, contou o drama vivido pela família, deixando claro o desespero de quem se vê abandonado pelo poder público.

“Estou com meu irmão vai fazer 20 dias com a clavícula quebrada, quebrada no meio, a enfermeira mandou ele vim pra Vila Resende [depois de ter passado pelo Hospital de Itanhém e pela UPA] e está aqui até hoje com a clavícula quebrada, sem cirurgia, estava escarrando sangue, sentindo muita dor”, relatou. “Essa gestão não tem condição não, as pessoas vão morrer à mingua em casa, e eles não fazem nada, né?”, criticou. “Pelo amor de Deus, alguém faz alguma coisa, arruma aí um jornal e leva aí nesse hospital, eu vou falar a verdade, não tem condição uma coisa dessa não”, protestou, referindo-se à demora para conseguir vaga no SOREM (Sistema Estadual de Regulação de Saúde) e ao abandono do irmão em casa, mesmo em estado delicado.

Cássia lamentou a situação, que beira o absurdo.

“Tô aqui com meu irmão com o braço [na verdade a clavícula] quebrada, ninguém faz nada, ninguém faz nada”, denunciou, ressaltando que o irmão não consegue realizar nenhuma atividade, sente fortes dores e permanece sem perspectiva de cirurgia.

A denúncia se agrava porque, segundo a família, uma enfermeira do Hospital Municipal de Itanhém orientou que o paciente fosse levado para casa em Vila Resende, mesmo diante de fortes dores e com a clavícula visivelmente fraturada.

“Eu tirei mesmo o meu irmão daí porque ele estava morrendo de dor”, afirmou Cássia, explicando que precisou agir por conta própria, levando José Dias para a UPA, em Teixeira de Freitas, sem que houvesse encaminhamento adequado.

Hoje, o diarista continua em casa, usando tipoia, com o braço roxo e a clavícula inchada, sem conseguir trabalhar ou sequer realizar movimentos básicos.

O caso escancara o contraste entre a propaganda oficial e a realidade enfrentada pela população. Enquanto a secretária de Assistência Social, insiste em dizer que a saúde de Itanhém é de qualidade, pacientes seguem abandonados à própria sorte.

A situação de José Dias, além de um drama pessoal é um retrato cruel do abandono de famílias que dependem do sistema público de saúde no município.

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