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Duas reportagens recentes do Água Preta News escancararam a dura realidade do sistema de saúde em Itanhém. Primeiro, um vídeo gravado por um filho, que acompanhava a mãe, uma idosa internada, mostrou um banheiro do Hospital Municipal em condições vergonhosas, sem a mínima segurança para pacientes e acompanhantes. Depois, o site revelou o drama do diarista José Dias, morador de Vila Resende, que sofreu uma fratura na clavícula e, mesmo após 20 dias de espera, não conseguiu realizar a cirurgia. Pior ainda: segundo familiares, ele foi mandado de volta para casa, com fortes dores e sem solução.

Esses episódios não são casos isolados. Eles revelam a face de um sistema de saúde que clama por socorro e que, apesar dos discursos de “excelência” tão repetidos pelas autoridades, não resiste a uma visita simples ao hospital nem à realidade vivida por quem precisa de atendimento.

É preciso dizer com todas as letras para o prefeito Bentivi e seus apoiadores, que propaganda não substitui política pública. Enquanto se vendem slogans de eficiência nas redes sociais, a população amarga dor e descaso. Um banheiro em estado deplorável em hospital não é detalhe estético; é símbolo de abandono. Um paciente com fratura não pode ser tratado como se fosse apenas mais um número em uma estatística de espera.

Não basta anunciar melhorias que nunca saem do papel. O povo de Itanhém exige respeito. Exige que os recursos destinados à saúde sejam aplicados de forma clara e eficiente. Exige que o direito básico de ser atendido com dignidade seja cumprido na prática, e não apenas no discurso.

É hora de a gestão municipal parar de fingir que tudo está bem. Também é hora de a esposa do prefeito parar de vender, nas redes sociais, uma realidade que não existe. A população vê, sente e sofre. Não se espera justificativas. Se espera ações, reforma imediata dos espaços hospitalares, atendimento digno e, principalmente, transparência na aplicação do dinheiro público.

Aqui no Água Preta News, reafirmamos nosso compromisso em dar voz a quem sofre. O cidadão que denuncia a precariedade do hospital, a família que chora diante da falta de cirurgia, todos merecem ser ouvidos. Não aceitaremos que o desgoverno seja tratado como algo normal. Saúde não é favor, prefeito, é direito. E direito se cumpre.