A atitude de certos vereadores da Câmara Municipal de Itanhém levanta sérios questionamentos sobre sua conduta ética e o uso do mandato para favorecer interesses próprios. É lamentável constatar que, em vez de trabalharem pelo bem comum, alguns parlamentares parecem adotar pesos e medidas conforme suas conveniências, o que revela um comportamento hipócrita e oportunista.
A matéria do Água Preta News, Vereadores tentam salvar Bentivi de inelegibilidade, mas reunião fracassa; “Eles iriam aproveitar minha falta e empurrar isso no plenário” relata, um episódio em que vereadores tentaram realizar uma manobra política durante a ausência do presidente da Câmara, Renato Correia, na tentativa de salvar o prefeito eleito nas últimas eleições municipais, Milton Ferreira Guimarães, o Bentivi, da inelegibilidade. Segundo Renato, sua ausência foi usada de forma estratégica para tentar "empurrar" o tema no plenário, algo que ele considerou uma jogada baixa e desonesta. Esses vereadores, que durante as eleições não hesitaram em usar a tribuna para acusar figuras públicas como Lula de ladrão e Bolsonaro de genocídio, agora se veem envolvidos em um cenário que ilustra perfeitamente a hipocrisia que criticavam.
Quando vereadores se aproveitam da ausência de um líder para tentar aprovar medidas que favorecem seus próprios interesses ou os de seus aliados, eles traem a confiança que lhes foi depositada pela população. E essa traição é ainda mais agravante quando lembramos que muitos desses políticos se colocam como defensores da moralidade pública e da ética política, enquanto na prática fazem exatamente o contrário.
A postura do presidente da Câmara, Renato Correia, ao expor essa tentativa de manobra, deve ser reconhecida. Ele mostrou indignação ao perceber a tentativa de manipulação e deixou claro que os princípios democráticos e éticos da Casa Legislativa estavam em jogo. O fracasso dessa reunião evidencia que, apesar das tentativas de alguns, há resistência de outros a esse tipo de prática nefasta.
Esses vereadores que se apressam em julgar outros, rotulando-os de "ladrões" ou "genocidas", acabam sendo vítimas de suas próprias acusações ao usarem o cargo público para seus próprios benefícios. A crítica pública que fazem durante os períodos eleitorais deveria ser um reflexo de sua própria conduta, e não uma ferramenta política para enganar o eleitor. O mandato parlamentar deve ser exercido com seriedade, visando o bem comum e a justiça social, e não como um instrumento de favorecimento pessoal.
Essa situação em Itanhém é um claro exemplo do uso seletivo da moralidade. Acusar os outros é fácil, mas quando chega o momento de agir com integridade, muitos falham, revelando seus verdadeiros interesses.
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