É impressionante como Magno Pinheiro se supera em sua capacidade de distorcer a realidade para tentar angariar apoio político. Em um vídeo, nesta segunda-feira (12), o pré-candidato à Prefeitura de Itanhém fez um show de desinformação ao afirmar que a cidade está “de luto” devido a um painel da cor preta que estava sendo construído na entrada da cidade.
A acusação, por si só, já é absurda e revela um nível de oportunismo que beira o patético. Para quem não conhece, o painel que ele erroneamente chamou de "faixa", estava lá simplesmente para ser colocado em frente ao nome da cidade feito em granito, para celebrar o aniversário do município, que acontece entre quinta-feira e domingo (15 a 18). Mas para Magno, qualquer detalhe é uma chance de criar um espetáculo de vitimização.
Vamos por partes. Primeiro, o que foi realmente visto por Magno Pinheiro? Um painel temporário com a inscrição “Eu amo Itanhém”, e não uma faixa de luto. A tentativa de transformar um detalhe decorativo em uma tragédia é uma jogada baixa e desonesta que apenas mostra a falta de respeito e integridade desse pré-candidato.
Mas o que torna essa patética encenação ainda mais irônica é a hipocrisia evidente quando consideramos o luto real que ele e seus familiares, que sempre estiveram envolvidos com a política itanheense, demonstraram em relação à morte de seu irmão, Álvaro Pinheiro, que era secretário da Educação de Itanhém.
Álvaro faleceu no Hospital Meridional em Cariacica, no Espírito Santo, mas a cidade de Itanhém ficou completamente alheia ao fato, pois a notícia só veio a público seis dias depois de sua morte. Enquanto Itanhém esperava um mínimo de respeito e consideração por parte da família de Álvaro, ficou evidente que houve uma tentativa descarada de esconder o ocorrido por razões que, à boca pequena, todos conhecem. A população, os amigos e os correligionários foram privados de uma despedida adequada e de um luto coletivo pela morte do ex-secretário.
Se há algo verdadeiramente lamentável em Itanhém, não é o painel decorativo que Magno Pinheiro distorceu para criar uma narrativa sensacionalista. O verdadeiro motivo para o luto em Itanhém é a forma como ele e sua família lidaram com a morte de Álvaro Pinheiro. Magno e seus familiares políticos demonstraram um desprezo absoluto pela dor da comunidade ao esconder o falecimento de Álvaro por seis longos dias. A cidade foi privada de uma despedida adequada e de um luto coletivo, tornando a situação ainda mais irônica para quem agora tenta explorar um simples detalhe decorativo para criar um drama político.
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