Se não fosse pela atuação firme e determinada do vereador Gelson Picoli (Avante), o posto de saúde de Ibirajá continuaria com as prateleiras vazias e a população desassistida. O vídeo gravado pelo parlamentar, mostrando a falta de medicamentos e a precariedade do atendimento, foi um grito de alerta que ecoou nas redes sociais e expôs mais uma negligência da gestão de Bentivi (PSB). A rápida mudança de cenário após a denúncia – com as prateleiras sendo abastecidas “milagrosamente” – só comprova que a fiscalização dos representantes do povo no Legilsativo e a cobrança pública de maneira geral são essenciais para garantir os direitos básicos da população.
A situação em Ibirajá além de um descuido, é um retrato de uma gestão que parece não enxergar a saúde como prioridade, aliás foi assim também nas duas gestões anteriores de Bentivi. O posto de saúde, que deveria ser um local de acolhimento e cuidado, estava praticamente inoperante. Faltavam medicamentos essenciais, e o consultório odontológico, com equipamentos quebrados, não conseguia atender a população. Enquanto isso, o prefeito e sua equipe permaneciam em silêncio, como se o problema não existisse. Foi preciso a coragem de Gelson Picoli para colocar o dedo na ferida e exigir ações concretas.
O que chama a atenção é a velocidade com que as prateleiras foram abastecidas após a denúncia do vereador. O vídeo do aliado do prefeito, vereador Fábio (PP), mostrando as prateleiras cheias, foi uma tentativa de maquiar a realidade, mas não apaga o fato de que a população de Ibirajá ficou meses sem acesso a medicamentos básicos. Essa reação tardia da gestão municipal – e também de Fábio - só reforça a importância da fiscalização e da cobrança por parte dos representantes eleitos. Sem a pressão de Gelson Picoli, é provável que a situação continuasse indefinida.
Esse episódio também revela a triste realidade de que a saúde pública em Itanhém está abandonada ainda mais na atual gestão. Além da falta de medicamentos, as cirurgias eletivas, que eram realizadas pela gestão anterior, foram suspensas, deixando centenas de pessoas à espera de procedimentos cirúrgicos. A população não pode ser refém da incompetência ou da falta de priorização do prefeito Bentivi. A saúde é um direito constitucional, e sua garantia não pode depender da boa vontade de gestores ou da pressão de vereadores. No entanto, é inegável que, sem a atuação de Gelson Picoli, a situação em Ibirajá permaneceria invisível e sem solução.
O exemplo de Gelson Picoli deve servir de inspiração para os demais vereadores, que, na maioria das vezes, limitam-se a cobranças discretas e pouco efetivas. Sua postura corajosa e comprometida com os interesses da população mostra que a política pode e deve ser um instrumento de pressão por melhorias. Enquanto isso, a gestão do prefeito Bentivi precisa urgentemente rever suas prioridades. Não é mais possível aceitar que a saúde, um setor tão vital, seja tratada com tanto descaso.
A cobrança de Gelson Picoli foi um primeiro passo, mas é preciso ir além. A população precisa procurar o Ministério Público para denunciar o descaso com a saúde e outras áreas importantes da municipalidade.
Comentários: